_ _    _ _____  ___   __                       
 __      _(_) | _(_)___ / ( _ ) / /_   ___ ___  _ __ ___  
 \ \ /\ / / | |/ / | |_ \ / _ \| '_ \ / __/ _ \| '_ ` _ \ 
  \ V  V /| |   <| |___) | (_) | (_) | (_| (_) | | | | | |
   \_/\_/ |_|_|\_\_|____/ \___/ \___(_)___\___/|_| |_| |_|

Lâmia

O tema de Lâmia chamou a atenção de muitas pessoas ao redor do mundo. Desde o seu início na antiguidade até à sua relevância na sociedade moderna, Lâmia manteve a sua importância ao longo dos anos. Neste artigo exploraremos diferentes aspectos relacionados a Lâmia, desde seu impacto na vida cotidiana até sua influência na cultura popular. Através de análises detalhadas, esperamos descobrir novos insights e compreender melhor o papel que Lâmia desempenha em nossas vidas. Sem dúvida, este tema continuará a ser relevante nos próximos anos e estamos entusiasmados em aprofundar o seu estudo.
 Nota: Para outros significados, veja Lâmia (desambiguação).
Lâmia

Lâmia
Por Herbert James Draper, 1909
Pais Posídon
Filho(s) Líbia

Lâmia (em grego: Λάμια), na mitologia grega, era uma rainha da Líbia que se tornou um demônio devorador de crianças. Chamavam-se também de lâmias certos tipos de monstros, bruxas ou espíritos femininos, que atacavam jovens ou viajantes e lhes sugavam o sangue.

Diversas histórias são contadas a respeito de Lâmia. Sua aparência também varia de lenda para lenda. Na maior parte das versões, contudo, seu corpo, abaixo da cintura, tem a forma de uma cauda de serpente. Esta versão popularizou-se especialmente a partir do poema Lamia, publicado pelo inglês John Keats em 1819. Diodoro Sículo, por sua vez, a descreve como uma mulher de rosto distorcido.

Mitologia greco-romana

De acordo com a versão mais corrente, Lâmia era uma belíssima rainha da Líbia, filha de Posídon e amante de Zeus, de quem concebeu muitos filhos, dentre os quais a ninfa Líbia. Hera, mulher de Zeus, corroída pelos ciúmes, matava seus filhos ao nascer e, ao final, a transformou em um monstro (em outras versões Lâmia foi esconder-se em uma caverna isolada e o que a transformou em um monstro foi seu próprio desespero). Por fim, para torturá-la ainda mais, Lâmia foi condenada por Hera a não poder cerrar os olhos, para que ficasse para sempre obcecada com a imagem dos filhos mortos. Zeus, apiedado, deu-lhe o dom de poder extrair os olhos de vez em quando para descansar.

Outras mitologias

Segundo opinião bastante difundida, a Lâmia mitológica serviu de modelo para as lâmias (Lâmiae em latim), ora descritas como bruxas, ora como espíritos e ora monstros, humanos da cintura para cima, mas com caudas de serpente. As lâmias atraíam os viajantes expondo os belos seios e emitindo um agradável cicio, para depois matá-los, sugar seu sangue e devorar seus corpos. Neste aspecto, as lâmias constituem um antecedente dos súcubos da Idade Média e das modernas vampiresas.

Com frequência a Lâmia é descrita nos bestiários de outras culturas como criaturas de natureza selvagem e maligna, com garras nas patas dianteiras, cascos nas patas traseiras, rosto e busto femininos e o corpo coberto de escamas. Também é associada à Lilith da mitologia hebraica. Nos folclores neo-helênico, basco e búlgaro podem ser encontradas lendas sobre Lâmias, herdeiras da tradição clássica.

Na mitologia basca, as lâmias são gênios com pés e garras de ave e cauda de peixe. Quase sempre femininos e de admirável beleza, moravam nos rios e fontes, onde costumavam pentear suas longas cabeleiras. São em geral amáveis, mas ficam enfurecidas se alguém rouba seus peixes. Às vezes se apaixonam por mortais e até têm filhos com eles, mas não podem se casar.

No folclore búlgaro, as lâmias são criaturas misteriosas, geralmente femininas, com muitas cabeças, que, se cortadas podem se regenerar (como a Hidra de Lerna). Vivem em cavernas ou no subsolo e atormentam os povoados, alimentando-se de sangue humano ou devorando mulheres jovens. Em algumas versões têm asas, em outras sua respiração é de fogo.

Na Bíblia

No livro de Isaías, na Vulgata latina se refere a lâmia uma única vez: et occurrent dæmonia onocentauris et pilosus clamabit alter ad alterum ibi cubavit lamia et invenit sibi requiem.

Referências

  1. Keats, John, John Keats, the Complete Poems, Middlesex, Inglaterra: Penguin Books, p.414
  2. «Keats, "Lamia"» (em ingles) 
  3. Diodoro Sículo, Biblioteca de História, xx.41.
  4. Homero, Odisseia, 12.124 e scholia, Rio de Janeiro:Ed. Ediouro
  5. Dicionario de la Mitologia Mundial, p.183, Ed. EDAF, Madri (em castelhano)
  6. Vulgata Latina- Isaías 34:14.